Todos nós, apaixonados por vinhos, já passamos por experiências um pouco constrangedoras ou desconfortáveis, como as descritas acima. O universo dos vinhos é muito amplo e muitas vezes nos faltam informações sobre os produtos que degustamos.
Pensando nisso, desenvolvemos o Radar Sensorial do Vinho. Todos os nossos rótulos LA VINICOLA SENSES trazem esta ilustração (conforme imagem acima) para facilitar a vida dos nossos clientes. No início pode parecer complexo, mas não é! Basta finalizar a leitura do texto abaixo e você estará apta(o) a interpretar o Radar Sensorial do Vinho.
É o resultado do contato das leveduras com o açúcar natural da polpa da uva. Quanto mais maduras as uvas, mais elevado poderá ser o teor alcoólico do vinho, definindo, assim, seu “corpo”: encorpado, médio corpo ou leve.
Classificamos os vinhos como leves, quando o teor alcoólico é inferior a 12,5%; médio corpo, entre 12,5% e 13,5%; encorpado, quando superior a 13,5%.
No Radar do exemplo acima, temos um vinho de corpo leve, pouco alcoólico; são exatamente 7,5% de teor alcoólico nesse rótulo.
Depois de pronto, o vinho pode conservar um pouco do açúcar que havia na polpa da uva madura. A presença de resíduos de açúcar não transforma necessariamente o vinho em doce ou de sobremesa. Pode-se deixar resíduo de açúcar para contrabalancear a acidez ou conceder um sabor mais frutado à bebida.
Classificamos os vinhos como secos, quando o resíduo de açúcar é inferior a quatro gramas de glicose por litro (4g/l); meio seco, entre 4g/l e 25g/l; doce, quando superior a 25g/l.
Para ter uma perspectiva: a coca-cola possui 113g/l e um copo de leite 50g/l.
No Radar do exemplo acima, temos um vinho doce, são exatamente 35g/l neste rótulo.
É responsável pela sensação de salivação nas laterais da gengiva. Todos os vinhos contêm uma variedade de ácidos naturais. Além de evitar que o vinho estrague durante a fermentação, os ácidos ajudam a contrabalancear a doçura do vinho, dando mais equilíbrio e um sabor mais fresco.
É a acidez que concede vivacidade e fornece estrutura ao vinho e é capaz de saciar a sede, além de “quebrar” a gordura e o sal dos alimentos. Nos vinhos doces é a acidez que pode fornecer equilíbrio para que a bebida não se torne enjoativa. Quando as uvas amadurecem, o conteúdo de açúcar aumenta e o de ácidos diminui.
No Radar do exemplo acima, temos um vinho de acidez extremamente alta, que equilibra e ajuda a balancear a doçura, impedindo que a bebida seja enjoativa.
Proveniente das cascas e das sementes das uvas, é a substância que dá a sensação de secura e amargor no vinho. Em excesso, pode recordar o gosto de banana verde ou a sensação de ter a boca revestida por guardanapos. Quando em harmonia, os taninos conferem elegância e estrutura ao produto, além de servirem como conservantes naturais para a bebida. Ele é mais notado nos tintos e em alguns rosés, já que, em geral, nos vinhos brancos a fermentação acontece sem as partes sólidas das uvas, o que faz com que o tanino apareça em quantidades muito pequenas para ser detectado.
Quanto mais maduras as uvas, mais macios e desenvolvidos serão os taninos. Quando o vinho envelhece em carvalho, antes de ser comercializado, seus taninos se tornam suaves e delicados.
No Radar do exemplo acima, temos um vinho praticamente sem presença de taninos.
Ao se deparar com nosso Radar Sensorial do Vinho você consegue em poucos segundos identificar o que deve esperar daquele rótulo. No exemplo acima, podemos compreender que se trata de um vinho adocicado, refrescante (acidez alta), praticamente sem taninos e muito leve. Um vinho fácil de beber, que dispensa harmonização com uma refeição, ideal para um happy hour ou aperitivo na piscina.